MÓDULO 2 - FLUÍDO CÓSMICO UNIVERSAL
FLUÍDOS SEGUNDO OS ESPIRITOS - PARTE 1
FLUÍDOS SEGUNDO OS ESPÍRITOS - PARTE O4
MÓDULO 1 - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - AULA 5/6 - CINE-DEBATE:
https://www.youtube.com/watch?v=joXwXXm4Mpo&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
https://www.youtube.com/watch?v=6jfHrHlWM88&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
https://www.youtube.com/watch?v=AXXJsjB7RNg&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
https://www.youtube.com/watch?v=0EDMxWGfm1Y&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
https://www.youtube.com/watch?v=n-EQJG_VvP0&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
https://www.youtube.com/watch?v=KQdh5O56ifw&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
MÓDULO 1 - A MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA. AULA 3/4: DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO - CLASSIFICAÇÃO DA MEDIUNIDADE - ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS. CINE-DEBATE:
http://www.youtube.com/watch?v=oRZQr5N5Z-Q&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
A NATUREZA DOS ESPÍRITOS - CINE-DEBATE:
http://www.youtube.com/watch?v=gpU5hEgMFN0&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
ORIGEM E NATUREZA DOS ESPIRITOS NO LIVRO DOS ESPÍRITOS-CINE-DEBATE:
http://www.youtube.com/watch?v=dU6HvWx0qoc&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
http://www.youtube.com/watch?v=kY-nA_McuSY&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
CLASSIFICAÇÃO DA MEDIUNIDADE - CINE-DEBATE:
http://www.youtube.com/watch?v=r6Dt6WSVXfo&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
O DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE - CINE-DEBATE:
http://www.youtube.com/watch?v=_ip94-ZubyU&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
CLASSIFICAÇÃO DA MEDIUNIDADE - ALDENICE COUSSEIRO http://www.youtube.com/watch?v=gACApe9cqdk&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
http://www.youtube.com/watch?v=Vv6G_YR-hvk&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
OS ESPÍRITOS E OS EFEITOS FISICOS. CINE-DEBATE:
http://www.youtube.com/watch?v=xdMzxpb8ZBo&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
http://www.youtube.com/watch?v=ikbVhnroPJg&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
MEDIUNIDADE DE PSICOFONIA:
http://www.youtube.com/watch?v=vU54ESlyhzU&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
http://www.youtube.com/watch?v=iNFMiotbs4U&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
PSICOGRAFIA:
http://www.youtube.com/watch?v=tYjqaFygBMg&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
PSICOPICTOGRAFIA:
http://www.youtube.com/watch?v=aD5Mp97W1jA&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
http://www.youtube.com/watch?v=3pmr_JwiJJM&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
http://www.youtube.com/watch?v=pa715Jo5hB0&list=PLkayF5EtjrBFsx3SjXtQrh3w6_fJpVKZ6
MÓDULO 1 - A MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA. AULA 3/4: DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO - CLASSIFICAÇÃO DA MEDIUNIDADE - ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS.
4- Desenvolvimento
Mediúnico
Sérgio
Biagi Gregório
A) O que se entende por desenvolvimento
mediúnico?
Costuma-se
designar o termo DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO para referir-se aos exercícios
práticos de mediunidade. No entanto, o desenvolvimento mediúnico propriamente
dito é muito mais, pois desenvolver a mediunidade é aprimorar-se,
evangelizar-se, progredir moral e intelectualmente para aumentar as condições
psíquicas e espirituais, no sentido de entrar em contato com Espíritos mais
evoluídos. Pietro Ubaldi, por exemplo, costumava definir o processo mediúnico
como um esforço para ir ao encontro desses Espíritos mais evoluídos.
Desaconselhava, assim, a simples apassivação.
B) Qual a função dos exercícios práticos
mediúnicos?
Os
exercícios práticos mediúnicos servem para que o médium tarefeiro tome
consciência da sua capacidade mediúnica. Os instrutores podem, através desses
exercícios, melhor encaminhá-lo para os trabalhos práticos do Centro Espírita.
C) Esses exercícios são reservados
somente aos médiuns tarefeiros?
Não. As
instruções de Allan Kardec, principalmente em O Livro dos Médiuns,
mostram-nos que há dois tipos de mediunidade, a natural e a de tarefa. Todos os
médiuns prestam-se a esses exercício..
D) Para a prática mediúnica, há
necessidade da concentração?
Sim.
Concentração é a capacidade de dirigir a atenção para um único objeto. A
atenção pode ser solicitada passivamente por um estímulo externo, mas a
concentração é sempre ativa. Emana do sujeito, que escolhe voluntariamente o
objeto da sua atenção para nele concentrar-se. Somente quando o médium se
concentrar no próprio exercício, terá mais condições de se comunicar com os
Espíritos.
F) Qual a contribuição de Edgar Armond
para o exercício prático?
1) Percepção
dos Fluidos: Identificação da natureza da entidade espiritual.
2) Aproximação:
Percepção da presença da entidade espiritual.
3) Contato:
Identificação dos centros de força e das partes do organismo que estão
sendo atuadas pela entidade comunicante.
4) Envolvimento:
Recepção da mensagem espiritual que está sendo transmitida ao médium.
5) Manifestação:
A comunicação dita do Espírito,
através do médium.
G) Como o médium deve se apassivar?
Na
apassivação, o médium se coloca em condições mais tranqüilas para uma
comunicação com os mentores ou Espíritos desencarnados. Relaxamento, respiração
profunda e outras técnicas de concentração são de grande utilidade.
H) Os exercícios mediúnicos podem ser
feitos em casa?
É
recomendável que a prática mediúnica seja feita no Centro Espírita, lugar mais
bem preparado para a comunicação com os desencarnados.
A
personalidade do médium e o fenômeno profundo
Divaldo
Pereira Franco
Agrada a
pessoas ingêunas pseudo sagazes, que o médium deve ser bem ignorante para quando
o Espírito falar por ele, dizer: — "Vê, que não é ele!" E daí! Pode
ser um fenômeno anímico. Ele pode ser hoje profundamente ignorante, e um ex-cientista
do século passado, e em transe o seu inconsciente falar, sem ser fenômeno
mediúnico. e pode ser uma pessoa erudita e agora falar com erudição e ser um
fenômeno mediúnico.
As
balizas demarcatórias ante a personalidade do médium e o fenômeno profundo,
estão na consciência da dignidade do médium. Porque ele sabe, como qualquer
pessoa, quando está mentindo. Pode colorir, pode sorrir, pode até acreditar,
mas, ele sabe que está mentindo.
Também o
médium sempre sabe quando está em transe. À semelhança de qualquer problema na
área das psicopatias, quando passa a doença, a pessoa lembra de tudo que fez,
só que não tinha forças para reagir. Na mediunidade o fenômeno é o mesmo.
Ocorre que as pessoas gostam de lendas e de fantasias, e há muita gente que experimenta
o transe e diz: "Eu fui pegado à força, eu não quis." Equívoco. Se o
fenômeno se deu à força, a comunicação é negativa.
Trata-se
de um obsessor, porque só há violência nas obsessões, por se tratar de
vingança.
(Fonte para estudo: O Livro dos Médiuns, cap. XXIII)
Nas
comunicações nobres não há violência, tem que haver anuência do Espírito
encarnado, pois o desencarnado não entra no médium como a água entra numa
garrafa.
O médium
faz o transe pela concentração, e ao concentrar-se, exterioriza o seu
perispírito, que se torna o receptáculo da comunicação da entidade que dela se
vai utilizar perispírito a perispírito acoplados produzem o fenômeno. (Fonte
para estudo: Obras Póstumas, 1.ª Parte parágrafo 6, ítem 34 e também, mesma
obra, 1.ª Parte, parágrafo 1.º)
O
fenômeno se dá em três ordens distintas: 1.ª Consciente, a pessoa se sente
inspirada; 2.ª Semiconsciente, a pessoa sente um impulso maior e perde os
parâmetros do raciocínio; 3.ª Inconsciente, automática ou sonambúlica, em que
há um bloqueio da razão e a pessoa tem a sensação de um sonho, em que se
fragmentam as imagens e ela perde os contornos, e não seria capaz de
reconstruir o estado de um sonho, daqueles que parecem ficar resíduos, mas dos quais
a pessoa não recorda.
O
exercício dará ao médium a possibilidade de transitar da faixa da consciência,
para a semi e para inconsciência. Da mesma forma que ao estudar-se
datilografia, colocam-se os dedos nas letras básicas, para criar-se um
condicionamento pela repetição (exercício mediúnico) até que se cubra o teclado
para que o automatismo funcione. E é tão curioso que, embora o teclado seja absolutamente
igual, quando o nosso dedo bate na tecla errada a gente sente que não está na verdadeira,
olhamos para o papel e vemos a letra equivocada. O mesmo ocorre com no piano, no
violino ou em qualquer instrumento ou atividade.
O
exercício levará à mecanização da faculdade: o hábito de escrever
mediunicamente, o hábito de incorporar, o hábito de concentrar-se, cria no
indivíduo confiança e dá-lhe a estrutura da realidade mediúnica.
A
mediunidade deve, portanto, ser exercida mas não abusada. Há médiuns que se
demoram horas-a-fio, para impressionar os consulentes. Sendo a mediunidade um
campo de ação, tem um quantum de energia que gasta e depois de certo momento, à
semelhança de uma energia qualquer, sendo desgastada desaparece o intercâmbio.
E o
médium continua no estado de auto-sugestão. Há exceções raríssimas a que os
Espíritos denominam de Mediunato, palavra criada pelos Espíritos e que está em
O Livro dos Médiuns nas últimas comunicações, para caracterizar a mediunidade
gloriosa ou missionária, como é o caso de Francisco Cândido Xavier e alguns outros
médiuns. Então, o médium que fica horas-a-fio concentrado, está queimando combustível
que ele não recoloca. Porque o Espírito que dele se utiliza, não lhe pode dar a
energia que ele está consumindo. Essa energia que ele está consumindo é fluido
animal e só através da alimentação, do repouso e do concurso de natureza física
lhe podem restituir.
A
aplicação de passes dado por pessoas físicas, transmitindo essas células, que
também podem ser chamadas de nêutrons de natureza energética, restabelecem-lhe
a harmonia orgânica e refazem a estrutura do metabolismo.
Então,
ocorre que todo aquele que se dedica com exagero à mediunidade, e que, o
Espiritismo não recomenda, porque há horas para tudo e não é o fato de a pessoa
trabalhar vinte horas por dia na mediunidade que dela fará um bom médium,
termina por gerar fadiga, estresse.
O homem
tem deveres sociais e o Espiritismo recomenda que cumpra com seus deveres em família.
Essas pessoas que dizem: — "Vou largar o emprego para me dedicar à
mediunidade." São pessoas preguiçosas, porque, para se dedicar à
mediunidade sem trabalhar, tem que cobrar. E aí profissionalizam a mediunidade,
caindo no que as religiões chamam de simonia, crime da venda de coisas sagradas
e que Jesus reprovou veementemente com estas palavras:
Dar de
graça aquilo que de graça se recebe. (Fonte para estudo: O Livro dos Médiuns,
cap.XXVI)
Não
recebendo os Espíritos nenhum pagamento, não têm nenhuma obrigação de
acompanhar aqueles que mercadejam com a mediunidade. Normalmente, os abandonam
e eles passam para mãos equivocadas de Espíritos levianos quanto eles, que os
exploram, ridicularizam e obsidiam na etapa final da existência física.
"A
mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente,
religiosamente..." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVI, ítem 10)
5- Classificação Mediúnica
(Segundo
a aptidão do médium)
5.1 -
EFEITOS FÍSICOS:
Mediunidade em que se observam os fenômenos objetivos e, por isso, perceptíveis
pelos sentidos físicos.
Os médiuns de efeitos físicos, segundo Kardec, podem ser:
a)
Facultativos -
O que tem consciência da sua mediunidade e se presta à produção dos fenômenos
por ato de sua própria vontade;
b)
Involuntário
ou natural - Nenhuma consciência tem dessas faculdades
psíquicas, servindo muitas vezes, de instrumento dos fenômenos, a seu mau
grado. (Ref. 1, Cap. XIV).
O médium de efeitos físicos,
durante a produção dos fenômenos, pode permanecer em estado de transe, ou
completamente desperto.
Os
fenômenos de efeitos físicos mais comuns são:
a.
LEVITAÇÃO: Quando pessoas ou
objetos são erguidos no ar, sem interferência de recursos materiais objetivos;
b.
TRANSPORTE: Quando objetos são
levantados e deslocados de uma parte para outra, dentro do mesmo local ou
trazidos de locais distantes;
c.
TIPTOLOGIA: Comunicação dos
Espíritos - valendo-se do alfabeto ou qualquer outro sinal convencionado - por
meio de movimento de objetos ou através de pancadas.
O Espírito responderá às
perguntas formuladas, valendo-se de um código estabelecido anteriormente.Por
exemplo:
·
Uma pancada significa sim; duas pancadas,
não.
·
Uma pancada corresponde a letra A; duas
pancadas correspondem à letra B, etc.;
·
As letras do alfabeto são dispostas sobre uma
mesa e os Espíritos conduzem um determinado objeto que, percorrendo as várias
letras, forma palavras e frases inteiras.
A tiptologia, portanto,
pode ser obtida de maneira muito variada, a critério dos responsáveis pela
experiência.É muita conhecida, nesse caso, a experiência com o copo;
d.
MATERIALIZAÇÃO: Manifestação dos
Espíritos, através da criação de formas ou efeitos físicos.A materialização se
desdobra em nuances variadas - sinais luminosos ligeiros ou intensos, ruídos,
odores e a materialização propriamente dita, desde apenas determinadas partes
do corpo até a completa materialização da entidade espiritual que se comunica.
Para a
materialização, os Espíritos manipulam e conjugam três elementos essenciais:
·
Fluidos inerentes à Espiritualidade;
·
Fluidos inerentes ao médium e demais
participantes da reunião;
·
Fluidos retirados da natureza, especialmente
da água e das plantas.
e.
VOZ DIRETA ou PNEUMATOFONIA -
Comunicação oral do Espírito, diretamente, através de um aparelho vocal
fluídico, manipulado pela espiritualidade.Nesse caso, os presentes registram
apenas a voz dos Espíritos.
f.
ESCRITA DIRETA OU PNEUMATOGRAFIA -
Comunicação dos Espíritos, através da escrita direta, isto é, sem concurso
físico do médium.
A
mensagem é grafada pelos Espíritos e, para tanto, nem o próprio lápis é
indispensável.
g.
DESDOBRAMENTO (bicorporeidade) -
Exteriorização do perispírito do médium que, afastado do corpo carnal - ao qual
se liga pelo cordão fluídico - se manifesta materializado em local próximo ou
distante.
O desdobramento pode
assumir outras características, as quais, necessariamente, não se enquadram na
categoria de efeitos físicos.Por exemplo: O Espírito do médium, afastado do
corpo, pode se fazer notar em outro local, através da vidência de um segundo
médium.(Ref. 3, Cap. XII.)
5.2 -
SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS:
São aqueles cuja
mediunidade se manifesta através de uma sensação física experimentada pelo
médium, à aproximação do espírito. Assim, o médium impressionável, ainda que
não ouça ou veja um Espírito, sente a sua presença pelas reações em seu
organismo. Do teor dessas reações, pode o médium deduzir a condição do Espírito
Rebelde, perseguidor, evoluído, dócil, etc. Com o exercício, o médium chega a
identificar, individualmente, os Espíritos, à sua simples aproximação.(Ref. 1,
Cap. XIV)
5.3 -
AUDITIVOS:
O médium audiente ouve
vozes proferidas pelos Espíritos ou sons por eles produzidos, bem como, sons da
própria natureza, que escapam à percepção da audição normal.Por ser fenômeno de
natureza psíquica, é fácil compreender-se que a audição se verifica no órgão
perispíritico do médium, por isso, independe de sua audição física. (Ref. 3,
Cap IX)
5.4 -
VIDÊNCIA:
Faculdade mediante a qual o
médium percebe, pela visão hiperfísica, os Espíritos desencarnados ou não, bem
como situações ou paisagens do plano espiritual.Pode-se classificar em:
a.
VIDÊNCIA AMBIENTE OU LOCAL - quando o
médium percebe o ambiente espiritual em que se encontra, registrando fatos que
ali mesmo se desdobram ou então, quadros, sinais e símbolos projetados
mentalmente por Espíritos com os quais esteja em sintonia.
b.
VIDÊNCIA NO ESPAÇO - O médium vê cenas,
sinais ou símbolos em pontos distantes do local em que se encontra.
c.
VIDÊNCIA NO TEMPO - O médium vê cenas,
representando fatos a ocorrer (visão profética) ou fatos passados em outros
tempos (visão rememorativa).
d.
PSICOMETRIA - Forma especial de vidência
que se caracteriza pelo desenvolvimento, no campo mediúnico, de uma série de
visões de coisas passadas, desde que, posto em presença do médium um objeto
qualquer ligado àquelas cenas.Essa percepção se verifica em vista de tais
objetos se acharem impregnados de influências pessoais dos seus possuidores ou
dos locais onde se encontravam.
5.5 -
FALANTES OU PSICOFÔNICOS:
Os médiuns falantes ou
psicofônicos transmitem, pela palavra falada, a comunicação do Espírito. É uma
das formas de mediunidade mais comuns no intercâmbio mediúnico e é
freqüentemente denominada de “incorporação”. O médium psicofônico pode ser:
a.
CONSCIENTE - O
Espírito comunicante transmite telepaticamente, às vezes de grandes distâncias,
as suas idéias ao médium, que as retrata aos encarnados com as suas próprias
expressões.
b.
SEMICONSCIENTE -
Estabelecida a sintonia, ou equilíbrio vibratório, o Espírito comunicante,
através do perispírito do médium, entra em contato com este, passando a atuar
sobre o campo da fala e outros centros motores do médium.
Não há afastamento
acentuado do Espírito do médium e este não perde a consciência ou conhecimento
do que se passa. Sujeita-se, espontaneamente, à influência do Espírito
comunicante, mas o controla devidamente, podendo reagir a qualquer momento a
essa influência, pela própria vontade.O Espírito, apesar de não ter domínio
completo sobre o médium, pode expressar com mais fidelidade as suas idéias, do
que no caso anterior. Na psicofonia semiconsciente, o comunicante é a ação, mas
o médium personifica a vontade. (Ref. 3, Cap. XI)
c.
INCONSCIENTE - Também denominada
psicofonia sonambúlica, se processa com o afastamento do Espírito do médium de
seu corpo.
O comunicante utiliza-se
mais livremente dos implementos físicos do medianeiro, pelo que a sua
comunicação é mais fiel e isenta de “interpretações” por parte do médium.É
comum, nesse caso, observada a afinidade, o Espírito retratar também, com maior
ou menor nitidez, o tom de voz, as maneiras e até mesmo o seu aspecto físico
característico.
Se o comunicante é um
Espírito de inteira confiança do médium, este se afasta, tranqüilamente,
cedendo-lhe o campo somático, como que entrega um instrumento valioso às mãos
de um artista emérito que o valoriza.
Quando, no entanto, o irmão
que se manifesta se entrega à rebeldia ou perversidade, o médium, embora afastado
do corpo, age na condição de um enfermeiro vigilante que cuida do doente
necessitado. Esse controle é pacífico, porque a mente superior subordina as que
lhe situam à retaguarda nos domínios do Espírito.
Quando se trata de uma
entidade intelectualmente superior ao médium, porém, degenerada ou perversa, a
fiscalização corre por conta dos mentores espirituais do trabalho mediúnico.
Se a psicofonia
inconsciente ou sonambúlica se manifesta em um médium desequilibrado - sem
méritos morais - ou irresponsável, pode conduzi-lo à subjugação (possessão),
sempre nociva e que, por isso, apenas se evidencia integral nos obsessos que
renderam às forças vampirizantes.
5.6 -
SONAMBÚLICOS:
No
sonambulismo vemos duas ordens de fenômenos:
a.
O sonâmbulo, propriamente dito, que age
sob a influência de seu próprio Espírito.
É a sua alma que, nos
momentos de emancipação, vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos. Suas
idéias são, em geral, mais justas do que no estado normal;; seus conhecimentos
mais dilatados, porque tem livre a alma.
b.
O médium sonambúlico, ao contrário, é um
instrumento passivo e o que diz não vem de si mesmo. Enquanto o sonâmbulo
exprime o seu próprio pensamento, o médium exprime o de outrem; confabula com
os Espíritos e nos transmite os seus pensamentos. (Ref. 1, Cap. XIV.)
Médium sonambúlico,
portanto, é aquele que, em estado de transe, se desprende do corpo e, nessa
condição de “liberdade”, nos descreve o que vê, o que sente e ouve no plano
Espiritual.
Esta mediunidade é
denominada por André Luiz como DESDOBRAMENTO e assim é também classificada por
diversos autores. (Ref. 2, Cap. XI.)
5.7 -
CURADORES:
A mediunidade de cura é a
capacidade que certos médiuns possuem de provocar reações reparadoras de
tecidos e órgãos de corpo humano, inclusive os oriundos de influenciação
Espiritual.
Nesse campo é muito
difundida a prática de “passes” individuais ou coletivos, existindo dois tipos,
assim discriminados:
a.
Passe ministrado com os recursos
magnéticos do próprio médium;
b.
Passe ministrado com recursos magnéticos
hauridos, no momento, do Plano Espiritual.
No primeiro caso, o médium
transmite ao doente suas próprias energias fluídicas, operando assim, um
simples trabalho de magnetização.No segundo, com a presença do médium servindo
de polarizador, um Espírito desencarnado faz sobre o doente a aplicação, canalizando
para ele os fluidos reparadores. (Ref. 3, Caps. XII e XX).
EFEITOS FÍSICOS - Também no
campo de Efeitos Físicos, comumente, encontramos médiuns que se dedicam às
curas, realizando alguns, inclusive, operações de natureza extra-física, em
doentes tidos como incuráveis, cujos resultados benéficos são imediatos,
contrariando, desse modo, todo o prognóstico da ciência terrena.
5.8 -
PSICOGRAFIA:
Faculdade mediúnica,
através da qual os Espíritos se comunicam pela escrita manual.
Os médiuns psicógrafos se
classificam em:
a.
MÉDIUM MECÂNICO - Quando o Espírito atua
sobre os centro motores do médium, impulsionando diretamente a sua mão. Esta se
move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma
coisa que dizer.
Nesta circunstância, o que
caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a menor consciência de que
escreve.
b.
MÉDIUM INTUITIVO - O Espírito não atua
sobre a mão para fazê-la escrever; atua sobre o Espírito do médium que,
percebendo seu pensamento, transcreve-o no papel.
Nessa circunstância, não há
inteira passividade; o médium recebe o pensamento do Espírito e o
transmite.Tendo, portanto, consciência do que escreve, embora não exprima o seu
próprio pensamento. A idéia nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e
essa pode estar mesmo fora dos limites dos conhecimentos e da capacidade do
médium.Enquanto o papel do médium mecânico é o de uma máquina o médium
intuitivo age como um intérprete.Para transmitir o pensamento, precisa
compreendê-lo, apropriar-se dele, para traduzi-lo fielmente.
c.
MÉDIUM SEMI-MECÂNICO - No médium mecânico
o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo esse movimento é
voluntário.O médium semi-mecânico participa dos dois gêneros:Sente que à sua
mão é dada uma impulsão, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à
medida que as palavras se formam.
Assim, no médium mecânico,
o pensamento vem depois do ato da escrita; no intuitivo o pensamento precede a
escrita e no semi-mecânico o pensamento acompanha a escrita. (Ref. 1, Cap. XV.)
5.9 -
POLIGLOTAS:
Médiuns que, no estado de
transe, possuem a capacidade de se exprimirem em línguas estranhas às suas
próprias, embora no estado normal não conheçam estas línguas.
Essa mediunidade é
denominada XENOGLOSSIA e tem causa no recolhimento de valores intelectuais do
passado, os quais repousam na subconsciência do médium.Só pode ser o médium
poliglota aquele que já conheceu, noutros tempos, o idioma pelo qual se
expressa durante o transe. (Ref. 4, Cap. XXXVIII.)
5.10
- PRESSENTIMENTOS:
Os médiuns de
pressentimentos ou proféticos são pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma
intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão ou, permitindo-o a
Espiritualidade, têm a revelação de coisas futuras de interesse geral e são
incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para sua instrução.
As profecias se
circunscrevem às linhas mestras da evolução humana, pelo que é fácil de ser
entendida por nós o seu mecanismo, pois, quem já percorreu o caminho, pode
retornar atrás e alertar aos da retaguarda sobre seus percalços.
No que diz respeito ao
campo individual, pode um Espírito falar a respeito de determinadas provas
programadas pela própria pessoa antes da reencarnação.
Seja, no entanto, no plano
geral ou no plano individual, as profecias são sempre relativas, já que,
detendo a criatura o “livre-arbítrio” poderá em qualquer época, consoante a sua
vontade, modificar as circunstâncias de sua vida, imprimindo-lhe novos rumos e,
portanto, alterar os prognósticos que naturalmente se cumpririam se não fosse a
sua deliberação.
5.11
- INTUIÇÃO:
Faculdade que permite ao
homem receber, no seu íntimo, as inspirações e sugestões da Espiritualidade. Desenvolve-se
por não ter caráter fenomênico, à medida que a criatura se espiritualiza. Para
a intuição pura, portanto, todos nós caminhamos, constituindo a sua conquista
um patrimônio da criatura espiritualizada.
5.12 -
REFERÊNCIAS:
1 -
Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns” - 29ª Ed. FEB - GB
2 - Luiz,
André - “Nos Domínios da Mediunidade”- 2ª Ed. FEB - GB
3 - Armond, Edgard - “Mediunidade”-
9ª Ed. LAKE - SP
4 -
Peralva, José Martins - “Estudando a Mediunidade” - 4ª Ed. FEB - GB
6. Origem e natureza dos espíritos:
«Podemos dizer que os espíritos são os seres inteligentes da
criação. Eles povoam o Universo, fora do mundo material». Esta é a definição
dada pelos espíritos em resposta à questão n.º 76 de «O Livro dos Espíritos»,
seguindo-se breve comentário de Allan Kardec: «A palavra espírito é aqui
empregada para designar os seres extracorpóreos e não mais o elemento
inteligente universal».
«Os espíritos são individualizações do princípio inteligente, como
os corpos são individualizações do princípio material; a época e a maneira
dessa formação é que desconhecemos».
Podemos deduzir, dos ensinamentos acima, que a natureza do espírito
não é a mesma da matéria. A posição da doutrina espírita é bem definida quanto
à origem do espírito e da matéria. No capítulo 11, n.º 6, de «A Génese», ele
desenvolve o seguinte raciocínio:
«O princípio espiritual teria a sua fonte no elemento cósmico
universal? Não seria apenas uma transformação, um modo de existência deste
elemento, como a luz, a electricidade, o calor, etc.?».
Se assim fosse, o princípio espiritual passaria pelas vicissitudes
da matéria; extinguir-se-ia, pela desagregação, como o princípio vital; o ser
inteligente só teria uma existência momentânea, como o corpo, e com a morte
voltaria ao nada, ou - o que viria a dar no mesmo - ao Todo Universal. Seria,
numa palavra, a sanção das doutrinas materialistas».
Sobre o que não paira a menor dúvida é acerca da união do princípio
espiritual à matéria, e, em estágios mais avançados, já o espírito
individualizado, que se serve da matéria como elemento indispensável ao seu
progresso... «É assim que tudo serve, tudo se encadeia na natureza, desde o
átomo primitivo até ao arcanjo, pois mesmo este último começou pelo átomo.
Admirável lei de harmonia, de que o vosso espírito limitado ainda não pode
abarcar o conjunto».
Nem todos os espíritos tiveram o seu início aqui na Terra. Todavia,
o nosso planeta começou a oferecer a possibilidade de surgimento da vida quando
as grandes convulsões telúricas se atenuaram, dando condições para que o
princípio espiritual, em obediência aos ditames divinos, desse origem ao
surgimento das formas mais rudimentares de vida. Daí para a frente, ao longo de
milénios, a imensa cadeia de seres que existem, ou que existiram,
estabeleceu-se, servindo cada espécie de filtro de transformismo para o
espírito, na sua marcha ascensional no rumo da perfeição.
Pode parecer contraditório que, estudando o mundo dos espíritos,
entremos em considerações sobre a vida na Terra. Todavia, ao tratarmos da
origem e natureza dos espíritos, não poderíamos fazê-lo de outro modo, já que,
tanto nas obras básicas, como noutras, de autores encarnados e desencarnados de
reconhecido valor, e que demonstram profundo respeito pela doutrina, é
enfatizada a marcha do espírito pelos escalões inferiores da natureza.
Transcrevemos as questões n.º 607 e 607-a) de «O Livro dos Espíritos», para
darmos uma ideia dessa posição. «Ficou dito que a alma do homem, na sua origem,
se assemelha ao estado de infância da vida corpórea, que a sua inteligência
apenas desponta, e que ela ensaia para a vida. Onde cumpre o espírito essa
primeira fase? «Numa série de existências que precederam o período a que
chamais de humanidade».
« - Parece, assim, que a alma teria sido o princípio inteligente
dos seres inferiores da criação?
- Não
dissemos que tudo se encadeia na natureza, e tende à unidade? É nesses seres,
que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se
elabora, se individualiza pouco a pouco, e ensaia para a vida, como dissemos.
É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o da germinação, a seguir
ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação, e se torna espírito. É
então que começa para ele o período de humanidade, e com este a consciência do
seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade dos seus actos.
Como depois do período da infância vem o da adolescência, depois a juventude, e
por fim a idade madura. Nada há, de resto, nessa origem, que deva humilhar o
homem. Os grandes génios sentem-se humilhados por terem sido fetos informes no
ventre materno? Se alguma coisa deve humilhá-los, é a sua inferioridade perante
Deus, e a sua impotência para sondar a profundidade dos seus desígnios e a
sabedoria das leis que regulam a harmonia do Universo. Reconhecei a
grandiosidade de Deus nessa admirável harmonia que faz a solidariedade de todas
as coisas da Natureza. Crer que Deus pudesse ter feito qualquer coisa sem
objectivo, e criar seres inteligentes sem futuro, seria blasfemar contra a sua
bondade, que se estende sobre todas as criaturas».
MÓDULO 1 – A MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA. AULA 1 /2 – O QUE É MEDIUNIDADE?
O QUE É MEDIUNIDADE? (OBS.: CINE-DEBATE P/ AULA PRÁTICA)
Obs.: Não consegui a palestra completa para publicar neste espaço. Vc terá que abrir e ir procurando as outras partes ou então, ir em nossa página do facebook: www.facebook.com/portaldaredencao, que lá foi publicado os 55 minutos desta palestra do dr. Sergio Felipe de Oliveira.
MÓDULO 1 – A MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA. AULA 1 /2 – O QUE É MEDIUNIDADE?
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO E CORPO FÍSICO. (OBS.: CINE-DEBATE P/ AULA PRÁTICA)
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO E CORPO FÍSICO. (OBS.: CINE-DEBATE P/ AULA PRÁTICA)
MÓDULO 1 – A MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA. AULA 1 /2 – O QUE É MEDIUNIDADE?
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO E CORPO FISICO.
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO E CORPO FISICO.
MÓDULO 1 – A MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA. AULA 1 /2 – O QUE É MEDIUNIDADE?
A MEDIUNIDADE NA BIBLIA, NAS RELIGIÕES E NO ESPIRITISMO. (OBS.: CINE-DEBATE P/ AULA PRÁTICA)
A MEDIUNIDADE NA BIBLIA, NAS RELIGIÕES E NO ESPIRITISMO. (OBS.: CINE-DEBATE P/ AULA PRÁTICA)
NÚCLEO ESPIRITA PORTAL DA REDENÇÃO
APOSTILA DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO DA
MEDIUNIDADE
MÓDULO 1 – A MEDIUNIDADE E SUA PRÁTICA.
AULA 1 /2 – O QUE É MEDIUNIDADE?
Foi Allan Kardec
quem melhor estudou a paranormalidade humana, adentrando a sonda da
investigação no
cerne do fenômeno.
No capítulo XIV de
O Livro dos Médiuns, Kardec apresenta a seguinte definição: "Toda
pessoa
que
sente, em um grau qualquer, a influência dos Espíritos é por isso mesmo
médium". E tece
comentários muito
importantes dessa peculiaridade do organismo humano. Foi Kardec, aquele
que propôs a
palavra médium, por mais consentânea com a função a que se dedica. (Também
trata do assunto
em Obras Póstumas, 1.ª Parte, cap. VI ítem 33).
O Codificador
apresenta a mediunidade como sendo uma faculdade orgânica, encontrada em
quase todos os
indivíduos, à semelhança de qualquer outra aptidão como a memória, a
inteligência, a
razão, etc.
Não constituindo,
assim, patrimônio especial de grupos, nem privilégio de castas; é
inerente ao Espírito, que dela se utiliza, encarnado ou desencarnado,
para o ministério de intercâmbio entre diferentes
esferas de evolução.
O
desenvolvimento da faculdade propriamente dita, relaciona-se com o organismo, é
independente
da moral, não ocorrendo o mesmo com seu uso, que pode ser mais ou menos
bom, segundo as
qualidades do médium.
A mediunidade não
implica necessariamente em relações habituais com os Espíritos superiores.
É apenas uma
aptidão para servir de instrumento mais ou menos útil aos Espíritos em geral. O
bom
médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático
aos
bons
Espírito e somente deles têm
assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência
das qualidades
morais se torna onipotente sobre a mediunidade. (Fonte para estudo: O
Evangelho Segundo
o Espiritismo, cap. XXIV, itens 11 e 12).
A mediunidade não
tem nenhum sinal ou característica exterior, que permita a quem quer que
seja poder
caracterizá-la ou identificá-la através de síndromes ou manifestações que
tipifiquem o comportamento de um médium.
De
início, por ser uma faculdade que coloca o homem entre dois extremos, ele pode
propiciar
determinados
estados, confundidos com patologias, com enfermidades. Se ela se manifesta na área
intelectual, pode apresentar no indivíduo determinados estados de aparente
alucinação auditiva, visual, ansiedade, receio, fenômenos claustrofóbicos,
medos injustificáveis da noite, do relacionamento com as pessoas. Porque,
propiciando ao indivíduo uma percepção que estrapola o fenômeno normal, dá-lhe
uma dimensão de registrar maior que o tipo comum. E, não estando a pessoa equipada para conduzir essas
manifestações, é natural que experimente certas insatisfações, intranqüilidade ou sensação de
mal-estar.
Na área física,
pode proporcionar ruídos, pancadas inesperadas, mundanças de objetos de lugar,
determinadas sensações de presenças, agradáveis ou desagradáveis. Também na
área onírica, nos estados de sono, pode caracterizar-se pelos fenômenos de
encontros espirituais, de desdobramentos, pesadelos. Não queremos com isso
configurar, que essas manifestações pelo geral, sejam mediunidade, mas
particularizar que a mediunidade pode também revelar-se através desses
fenômenos.
À
semelhança da inteligência, a mediunidade se apresenta dentro de várias
expressões. Pode
ser
visual, a vidência. Auditiva, a audiência. Premonitório, através da qual o ser
penetra no
conhecimento
do futuro.
Pode apresentar-se
mediante à irradiação de uma energia que materializa e que desmaterializa, que
produz a movimentação de objetos, ectoplasma. Pode levar o indivíduo a estados
de empatia. De repente, dá-lha aquela alegria, aquela felicidade; como de depressão,
aquele estado crepuscular; o indivíduo tem a sensação de que algo bom lhe está
acontecendo, sorri, se emociona, ou tem a sensação de que uma grande tragédia
está prestes a acontecer-lhe. São fenômenos inspirativos de boa ou má
prodecência, caracterizando a mediunidade inspirativa, psicofônica ou de
incorporação.
Se vem um impuslo
de escrever, e consegue grafar uma página com beleza superior à sua
capacidade
momentânea, ou fazê-lo sobre um assunto que não elocubrou, eis aí patente a
mediunidade psicográfica.
Mas todas elas desvestidas de superstições, de mistérios e crendices.
A
mediunidade não leva à doença. O que faz o médium adoecer, não é a presença da
faculdade.
São as suas
dívidas desta ou de outra encarnação. A pessoa adoece, não por que seja médium,
mas porque é um
ser individado perante as Leis Divinas. (Fonte para estudo, O Livro dos
Médiuns, cap.
XVIII).
Apresentada a
mediunidade, é lícito educá-la, da mesma forma que em se notando uma
faculdade de
natureza intelectual ou artística, a pessoa passa a desenvolver essa aptidão,
para
daí, canalizando
as suas energias, sacar os melhores resultados possíveis.
Fonte: DIVALDO PEREIRA FRANCO,
MÉDIUNS E MEDIUNIDADES.
Mediunidade e Espiritismo
No remate das
nossas tarefas da noite de 28 de junho de 1956, nosso núcleo foi honrado com a
visita do nosso amigo espiritual Efigênio S. Vítor, que controlou o médium e
discorreu brilhantemente sobre Espiritismo e Mediunidade.
Roguemos a
bênção de Jesus em nosso favor.
Assuntos
existem, no âmbito de nossa construção doutrinária, que nunca serão comentados
em excesso.
Reportamo-nos
aqui ao tema “Espiritismo e Mediunidade”,
para alinhar algumas anotações que consideramos indispensáveis à segurança de
nossas diretrizes.
Mediunidade é atributo peculiar ao psiquismo
de todas as criaturas.
Espiritismo é um corpo de princípios
morais, objetivando a libertação da alma humana para a Vida Maior.
Médium, em boa sinonímia, segundo
cremos, quer dizer “meio”.
Médium, em razão disso, dentro de nossas
fileiras, significa intermediário, medianeiro, intérprete.
Médiuns, por
isso, existiram em todos os tempos. Na antiguidade remota, eram adivinhos e
pitonisas que, frequentemente, pagavam com a vida o conhecimento inabitual de
que se faziam portadores.
Na Idade
Medieva, eram santos e santas, quando se afinavam à craveira religiosa da
época, ou, então, feiticeiros e bruxas, recomendados à fogueira ou à forca,
quando se não ajustavam aos preconceitos do tempo em que nasceram.
Hoje,
possuímo-los em todos os tons, em dilatadas expressões polimórficas.
Médiuns
psicógrafos, clarividentes, clariaudientes, curadores, poliglotas,
psicofônicos, materializadores, intuitivos…
Médiuns de
efeitos físicos ou de efeitos intelectuais…
No próprio
Evangelho, em cujas raízes divinas o Espiritismo jaz naturalmente mergulhado,
vamos encontrar um perfeito escalonamento de valores, definições e atividades
mediúnicas.
Vemos a
mediunidade, absolutamente sublimada, em nossa Mãe Santíssima, quando registra
a visitação das entidades angélicas.
Reconhecemos a
clariaudiência avançada em José da Galileia, quando recolhe dos mensageiros do
Plano Superior comentários e notícias acerca da gloriosa missão de Jesus.
Simão Pedro era
médium da sombra, quando se adaptava à influência perturbadora de que muitas
vezes se sentiu objeto, e era médium da luz, quando partilhava a claridade
divina em sua vida mental.
O mesmo Simão
Pedro, Tiago e João foram médiuns materializadores no Tabor, favorecendo a
aparição tangível de instrutores da mais elevada hierarquia.
João, o grande
evangelista, foi médium, na mais sublime acepção da palavra, quando anotou as
visões do Apocalipse.
Os companheiros
do Senhor, no dia inolvidável do Pentecostes, foram médiuns de efeitos físicos,
médiuns poliglotas e psicofônicos da mais nobre expressão.
Saulo de Tarso
foi notável médium de clarividência e clariaudiência, às portas de Damasco, ao
ensejo de seu encontro pessoal com o Divino Mestre.
Todavia, não
será lícito esquecer que os possessos, os doentes mentais e os obsidiados de
todos os matizes, que enxameavam a estrada do Cristo de Deus, quando de sua
passagem direta entre os homens, eram também médiuns.
Precisamos,
assim, na atualidade, encarecer a diferença, a fim de que não venhamos a
guardar injustificável assombro, diante de fenômenos que não condizem com o
imperativo de nossa formação moral.
Médiuns
existem, tanto aí quanto aqui, nas esferas de serviço em que nos situamos.
Médiuns
permanecem em toda a parte, porque mediunidade é meio de manifestação do
Espírito em seus diversos degraus de evolução:
Por esse
motivo, o grande problema dos trabalhadores mediúnicos é aquele da sustentação
de boas companhias espirituais, em caráter permanente.
Mal se
descerram faculdades psíquicas ou percepções mentais um tanto mais avançadas em
alguém, corre na direção desse alguém a malta dos desencarnados que não
plantaram o bem e que, por isso, não podem recolher o bem, de imediato, nas
leiras da vida.
Mal surge um
médium promissor e mil ameaças se lhe agigantam no caminho, porque o vampirismo
vive atuante, qual gafanhoto faminto devorando a erva tenra.
Eis por que um
fulcro de fenômenos medianímicos é motivo para vasta meditação de nossa parte,
competindo-nos a obrigação de prestar-lhe incessante socorro, pois, em verdade,
são muito raras as criaturas encarnadas ou desencarnadas que logram manter
contato permanente com a orientação superior, de vez que, se é fácil
acomodar-nos no convívio das Inteligências ambientadas nas zonas inferiores, é
muito difícil acompanhar os servos da verdade e do amor que, em procurando a
comunhão com o Cristo, se confiam, intrépidos e humildes, ao apostolado da
Grande Renúncia.
Imperioso,
assim, é que vivamos alertas, sem exigir dos médiuns favores que não nos podem
dar e sem conferir-lhes privilégios que não podem receber, garantindo-se, desse
modo, a estabilidade e a pureza de nossa Doutrina, porquanto o Espiritismo é
como o Sol, que resplende para todos, e a Mediunidade é a ferramenta que cada
criatura pode manobrar no campo da vida, na edificação da própria felicidade.
Quantas, porém,
se utilizam de semelhante ferramenta para a aquisição de compromissos escusos
com a delinquência?!…
Em razão disso,
é indispensável compreender que Mediunidade é Mediunidade e Espiritismo é
Espiritismo.
Ajustemo-nos,
desse modo, aos princípios salvadores de nossa fé! E, na posição de
instrumentos do progresso e do bem, com mais ou menos expressão de serviço nas
atividades mediúnicas, diretas ou indiretas, conscientes ou inconscientes,
procuremos, antes de tudo, a nossa efetiva integração com o Mestre Divino, para
que não nos falte ao roteiro a necessária luz.
Mesmo proibida,
pois geralmente era praticada com fins inferiores, a comunicação mediúnica é um
fato bíblico.
Dentre vários outros, a comunicação com os chamados “mortos” é um dos princípios básicos do espiritismo, inclusive, podemos dizer que é um dos fundamentais, pois foi de onde surgiu todo o seu arcabouço doutrinário.
Na conclusão de O Livro dos Espíritos, Kardec argumenta que: “Esses fenômenos ... não são mais sobrenaturais que todos os fenômenos aos quais a Ciência hoje dá a solução, e que pareceram maravilhosos numa outra época. Todos os fenômenos espíritas, sem exceção, são a conseqüência de leis gerais e nos revelam um dos poderes da Natureza, poder desconhecido, ou dizendo melhor, incompreendido até aqui, mas que a observação demonstra estar na ordem das coisas”.
Essa abordagem de Kardec é necessária, pois apesar de muitos considerarem tais fenômenos como sobrenaturais, enquanto que inúmeros outros os quererem como fenômenos de ordem religiosa, as duas teses são incorretas. A origem deles é espontânea e natural e ocorre conforme as leis que regem não só o contato entre o mundo material e o espiritual, mas toda a complexa interação que mantém o equilíbrio universal. Por isso não precisaríamos relacioná-los, nem mesmo buscar comprovação de sua realidade entre as narrativas bíblicas.
MEDIUNIDADE NA BÍBLIA
Primeiramente, selecionei alguns trechos com relação à sobrevivência do espírito, pois ela é a peça fundamental nas comunicações. Leiamos:
- Quanto a você [Abraão], irá reunir-se em paz com seus antepassados e será sepultado após uma velhice feliz. (Gn.15,15).
- Quando Jacó acabou de dar instruções aos filhos, recolheu os pés na cama, expirou e se reuniu com seus antepassados. (Gn 49,33).
- Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó. (Mt 8,11).
- E, quanto à ressurreição, será que não leram o que Deus disse a vocês: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”? Ora, ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. (Mt 22,31-32).
Podemos concluir dessas passagens que há no homem algo que sobrevive à morte física. Não haveria sentido algum dizer que uma pessoa, após a morte, irá se reunir com seus antepassados, se não se acreditasse na sobrevivência do espírito. Além disso, para que ocorra a possibilidade de alguém poder “sentar à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó” teria que ser porque esses patriarcas estão tão vivos quanto nós.
Os relatos bíblicos nos dão conta que o intercâmbio com os mortos era um fato corriqueiro na vida dos hebreus. Por outro lado, quase todos os povos com quem mantiveram contato tinham práticas relacionadas à evocação dos espíritos para fins de adivinhação, denominada necromancia. O Dicionário Bíblico Universal a define com sendo ,.o meio de adivinhação interrogando um morto.
Babilônios, egípcios e gregos a praticavam. Hetiodoro, autor grego do III ou IV século d.C. relata uma cena semelhante àquela descrita em 1Sm (Etíope 6,14). O Deuteronômio atribui aos habitantes da Palestina “a interrogação dos espíritos ou a evocação dos mortos” (18,11). Os israelitas também se entregaram a essas práticas, mas logo são condenadas, particularmente por Saul (lSm 28,38). Mas, forçado pela necessidade, o rei manda evocar a sombra de Samuel (28, 7-25): o relato constitui uma das mais impressionantes páginas da Bíblia. Mais tarde, Isaías atesta uma prática bastante difundida (Is 8,19): parece que ele ouviu “uma voz como a de um fantasma que vem da terra” (29,4). Manasses favoreceu a prática da necromancia (2Rs 21,6), mas Josias a eliminou quando fez sua reforma (2Rs 23,24). Então o Deuteronômio considera a necromancia e as outras práticas divinatórias como “abominação” diante de Deus, e como o motivo da destruição das nações, efetuada pelo Senhor em favor de Israel (18,12). O Levítico considera a necromancia como ocasião de impureza e condena os necromantes à morte por apedrejamento (19,31; 20,27).
Vejamos mais algumas passagens:
- Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não apreenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por tais abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa. (Dt 18,9-14).
Esta passagem diz respeito à adivinhação e à necromancia. Elas se encontram entre as proibições. A preocupação central era proibir qualquer tipo de coisa relacionada à adivinhação, não importando por qual meio fosse realizada, como fica claro pela última passagem onde se diz “... estas nações, ... ouvem os prognosticadores e os adivinhadores...”, reunindo assim todas as práticas a essas duas.
AS COMUNICAÇÕES E SUA PROIBIÇÃO
Por outro lado, a grande questão a ser levantada é: os mortos atendiam às evocações ou não? Se não, por que da proibição? Seria ilógico proibir algo que não acontece. Teremos que tentar encontrar as razões de tal proibição. Duas podemos destacar. A primeira é que os espíritos dos mortos eram considerados, por muitos, como deuses. Levando-se em conta que era necessário manter, a todo custo, a idéia de um Deus único, Moisés, sabiamente, institui a proibição de qualquer evento que viesse a prejudicar essa unicidade divina. As consultas deveriam ser dirigidas somente a Deus, daí, por forças das circunstâncias, precisou proibir todas as outras. A segunda estaria relacionada ao motivo pelo qual iam consultar os mortos. Normalmente, eram para coisas relacionadas ao futuro, como no caso de Saul, que iremos ver logo à frente, ou para situações do cotidiano, quando, por exemplo, do desaparecimento das jumentas de Cis, em que Saul, seu filho, procura um vidente para que ele dissesse onde poderiam encontrá-las.
A figura do profeta aparece como sendo a pessoa que tem poderes para fazer consultas a Deus ou receber da divindade as revelações que deveriam ser transmitidas ao povo. Em razão de querer a exclusividade das consultas a Deus é que Moisés disse “Javé, seu Deus fará surgir, dentre seus irmãos, um profeta como eu em seu meio, e vocês o ouvirão”. (Dt 18,15). Elucidamos essa questão com o seguinte passo: “Em Israel, antigamente, quando alguém ia consultar a Deus, costumava dizer: ‘Vamos ao vidente’. Porque, em lugar de ‘profeta’, como se diz hoje, dizia-se ‘vidente’”(1Sm 9,9). O que é vidente (clarividente) senão quem tem a faculdade de ver os espíritos? Em alguns casos poderá ver inclusive o futuro; daí a idéia de que poderia prever alguma coisa, uma profecia, derivando-se daí, então, o nome profeta. Podemos confirmar o que estamos dizendo aqui nesse parágrafo, peta explicação dada à passagem Dt 18,9-22:
Moisés não era totalmente contra o profetismo (mediunismo), apenas era contrário ao uso indevido que davam a essa faculdade. Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma com que dois homens a faziam, conforme a seguinte narrativa em Nm 11, 24-30:
- Moisés saiu e disse ao povo as palavras de Iahweh. Em seguida reuniu setenta anciães dentre o povo e os colocou ao redor da Tenda. Iahweh desceu na Nuvem. Falou-lhe e tomou do Espírito que repousava sobre ele e o colocou nos setenta anciães. Quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; porém, nunca mais o fizeram.
- Dois homens haviam permanecido no acampamento: um deles se chamava Eldad e o outro Medad. O Espírito repousou sobre eles; ainda que não tivessem vindo à Tenda, estavam entre os inscritos. Puseram-se a profetizar no acampamento. Um jovem correu e foi anunciar a Moisés: “Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão profetizando no acampamento”. Josué, filho de Nun, que desde a sua infância servia a Moisés, tomou a palavra e disse: “Moisés, meu senhor, proíbe-os!” Respondeu-lhe Moisés: “Estás ciumento por minha causa? Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta, dando-lhe Iahweh o seu Espírito!” A seguir Moisés voltou ao acampamento e com ele os anciães de Israel. Fica claro, então, que pelo menos duas pessoas faziam dignamente o uso da faculdade mediúnica (profeta), daí Moisés até desejar que todos fizessem como eles.
Outro ponto importante que convém ressaltar é a respeito da palavra espírito, que aparece inúmeras vezes na Bíblia. Mas afinal o que é espírito? Hoje sabemos que os espíritos são as almas dos homens que foram desligadas do corpo físico pelo fenômeno da morte. Assim, podemos perfeitamente aceitar que, exceto quando atribuem essa palavra ao próprio Deus, todas as outras estão incluídas nessa categoria.
Tudo, na verdade, não passava de manifestações dos espíritos, que muitas vezes eram tomados à conta de deuses, devido a ignorância da época, coisa absurda nos dias de hoje. Isso fica tão claro que podemos até mesmo encontrar recomendações de como nos comportar diante deles para sabermos suas verdadeiras intenções. Citamos: “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus,...” (1 Jo 4, 1).
JESUS E AS COMUNICAÇÕES
Disso pode-se concluir que era comum, àquela época, o contato com os espíritos. Podemos confirmar isso com o Apóstolo dos gentios, que recomendou sobre o uso dos “dons” (mediunidade), conforme podemos ver em sua primeira carta aos Coríntios (cap. 14). Neta ele procura demonstrar que o dom da profecia é superior ao dom de falar em línguas (xenoglossia), pois não via nisso nenhuma utilidade senão quando, juntamente, houvesse alguém com o dom de interpretá-las.
Uma coisa nós podemos considerar. Se ocorriam manifestações naquela época, por que não as aconteceria nos dias de hoje? Veremos agora a mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece com o próprio Cristo. Leiamos:
- Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E se transfigurou diante deles: o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.” Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz.” Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra. Jesus se aproxi.mou, tocou neles e disse: “Levantem-se, e não tenham medo.” Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos” (Mt 17,1-9).
Ocorrência inequívoca de comunicação com os mortos, no caso, os espíritos Moisés e Elias, que conversam pessoalmente com Jesus. E aí afirmamos que se fosse mesmo proibida por Deus, Moisés não viria se apresentar a Jesus e seus discípulos, já que foi ele mesmo, quando vivo, quem informou dessa proibição, e nem Jesus iria infringir uma lei divina. Portanto, a proibição de Moisés era apenas uma proibição particular sua ou de sua legislação de época. Os partidários do demônio ficam sem saída nessa passagem, pois não podem afirmar que foi o “demônio” quem apareceu para eles, já que teriam que admitir que Jesus fora enganado.
Dentre vários outros, a comunicação com os chamados “mortos” é um dos princípios básicos do espiritismo, inclusive, podemos dizer que é um dos fundamentais, pois foi de onde surgiu todo o seu arcabouço doutrinário.
Na conclusão de O Livro dos Espíritos, Kardec argumenta que: “Esses fenômenos ... não são mais sobrenaturais que todos os fenômenos aos quais a Ciência hoje dá a solução, e que pareceram maravilhosos numa outra época. Todos os fenômenos espíritas, sem exceção, são a conseqüência de leis gerais e nos revelam um dos poderes da Natureza, poder desconhecido, ou dizendo melhor, incompreendido até aqui, mas que a observação demonstra estar na ordem das coisas”.
Essa abordagem de Kardec é necessária, pois apesar de muitos considerarem tais fenômenos como sobrenaturais, enquanto que inúmeros outros os quererem como fenômenos de ordem religiosa, as duas teses são incorretas. A origem deles é espontânea e natural e ocorre conforme as leis que regem não só o contato entre o mundo material e o espiritual, mas toda a complexa interação que mantém o equilíbrio universal. Por isso não precisaríamos relacioná-los, nem mesmo buscar comprovação de sua realidade entre as narrativas bíblicas.
MEDIUNIDADE NA BÍBLIA
Primeiramente, selecionei alguns trechos com relação à sobrevivência do espírito, pois ela é a peça fundamental nas comunicações. Leiamos:
- Quanto a você [Abraão], irá reunir-se em paz com seus antepassados e será sepultado após uma velhice feliz. (Gn.15,15).
- Quando Jacó acabou de dar instruções aos filhos, recolheu os pés na cama, expirou e se reuniu com seus antepassados. (Gn 49,33).
- Eu digo a vocês: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó. (Mt 8,11).
- E, quanto à ressurreição, será que não leram o que Deus disse a vocês: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”? Ora, ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. (Mt 22,31-32).
Podemos concluir dessas passagens que há no homem algo que sobrevive à morte física. Não haveria sentido algum dizer que uma pessoa, após a morte, irá se reunir com seus antepassados, se não se acreditasse na sobrevivência do espírito. Além disso, para que ocorra a possibilidade de alguém poder “sentar à mesa no Reino do Céu junto com Abraão, Isaac e Jacó” teria que ser porque esses patriarcas estão tão vivos quanto nós.
Os relatos bíblicos nos dão conta que o intercâmbio com os mortos era um fato corriqueiro na vida dos hebreus. Por outro lado, quase todos os povos com quem mantiveram contato tinham práticas relacionadas à evocação dos espíritos para fins de adivinhação, denominada necromancia. O Dicionário Bíblico Universal a define com sendo ,.o meio de adivinhação interrogando um morto.
Babilônios, egípcios e gregos a praticavam. Hetiodoro, autor grego do III ou IV século d.C. relata uma cena semelhante àquela descrita em 1Sm (Etíope 6,14). O Deuteronômio atribui aos habitantes da Palestina “a interrogação dos espíritos ou a evocação dos mortos” (18,11). Os israelitas também se entregaram a essas práticas, mas logo são condenadas, particularmente por Saul (lSm 28,38). Mas, forçado pela necessidade, o rei manda evocar a sombra de Samuel (28, 7-25): o relato constitui uma das mais impressionantes páginas da Bíblia. Mais tarde, Isaías atesta uma prática bastante difundida (Is 8,19): parece que ele ouviu “uma voz como a de um fantasma que vem da terra” (29,4). Manasses favoreceu a prática da necromancia (2Rs 21,6), mas Josias a eliminou quando fez sua reforma (2Rs 23,24). Então o Deuteronômio considera a necromancia e as outras práticas divinatórias como “abominação” diante de Deus, e como o motivo da destruição das nações, efetuada pelo Senhor em favor de Israel (18,12). O Levítico considera a necromancia como ocasião de impureza e condena os necromantes à morte por apedrejamento (19,31; 20,27).
Vejamos mais algumas passagens:
- Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não apreenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por tais abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa. (Dt 18,9-14).
Esta passagem diz respeito à adivinhação e à necromancia. Elas se encontram entre as proibições. A preocupação central era proibir qualquer tipo de coisa relacionada à adivinhação, não importando por qual meio fosse realizada, como fica claro pela última passagem onde se diz “... estas nações, ... ouvem os prognosticadores e os adivinhadores...”, reunindo assim todas as práticas a essas duas.
AS COMUNICAÇÕES E SUA PROIBIÇÃO
Por outro lado, a grande questão a ser levantada é: os mortos atendiam às evocações ou não? Se não, por que da proibição? Seria ilógico proibir algo que não acontece. Teremos que tentar encontrar as razões de tal proibição. Duas podemos destacar. A primeira é que os espíritos dos mortos eram considerados, por muitos, como deuses. Levando-se em conta que era necessário manter, a todo custo, a idéia de um Deus único, Moisés, sabiamente, institui a proibição de qualquer evento que viesse a prejudicar essa unicidade divina. As consultas deveriam ser dirigidas somente a Deus, daí, por forças das circunstâncias, precisou proibir todas as outras. A segunda estaria relacionada ao motivo pelo qual iam consultar os mortos. Normalmente, eram para coisas relacionadas ao futuro, como no caso de Saul, que iremos ver logo à frente, ou para situações do cotidiano, quando, por exemplo, do desaparecimento das jumentas de Cis, em que Saul, seu filho, procura um vidente para que ele dissesse onde poderiam encontrá-las.
A figura do profeta aparece como sendo a pessoa que tem poderes para fazer consultas a Deus ou receber da divindade as revelações que deveriam ser transmitidas ao povo. Em razão de querer a exclusividade das consultas a Deus é que Moisés disse “Javé, seu Deus fará surgir, dentre seus irmãos, um profeta como eu em seu meio, e vocês o ouvirão”. (Dt 18,15). Elucidamos essa questão com o seguinte passo: “Em Israel, antigamente, quando alguém ia consultar a Deus, costumava dizer: ‘Vamos ao vidente’. Porque, em lugar de ‘profeta’, como se diz hoje, dizia-se ‘vidente’”(1Sm 9,9). O que é vidente (clarividente) senão quem tem a faculdade de ver os espíritos? Em alguns casos poderá ver inclusive o futuro; daí a idéia de que poderia prever alguma coisa, uma profecia, derivando-se daí, então, o nome profeta. Podemos confirmar o que estamos dizendo aqui nesse parágrafo, peta explicação dada à passagem Dt 18,9-22:
Moisés não era totalmente contra o profetismo (mediunismo), apenas era contrário ao uso indevido que davam a essa faculdade. Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma com que dois homens a faziam, conforme a seguinte narrativa em Nm 11, 24-30:
- Moisés saiu e disse ao povo as palavras de Iahweh. Em seguida reuniu setenta anciães dentre o povo e os colocou ao redor da Tenda. Iahweh desceu na Nuvem. Falou-lhe e tomou do Espírito que repousava sobre ele e o colocou nos setenta anciães. Quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; porém, nunca mais o fizeram.
- Dois homens haviam permanecido no acampamento: um deles se chamava Eldad e o outro Medad. O Espírito repousou sobre eles; ainda que não tivessem vindo à Tenda, estavam entre os inscritos. Puseram-se a profetizar no acampamento. Um jovem correu e foi anunciar a Moisés: “Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão profetizando no acampamento”. Josué, filho de Nun, que desde a sua infância servia a Moisés, tomou a palavra e disse: “Moisés, meu senhor, proíbe-os!” Respondeu-lhe Moisés: “Estás ciumento por minha causa? Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta, dando-lhe Iahweh o seu Espírito!” A seguir Moisés voltou ao acampamento e com ele os anciães de Israel. Fica claro, então, que pelo menos duas pessoas faziam dignamente o uso da faculdade mediúnica (profeta), daí Moisés até desejar que todos fizessem como eles.
Outro ponto importante que convém ressaltar é a respeito da palavra espírito, que aparece inúmeras vezes na Bíblia. Mas afinal o que é espírito? Hoje sabemos que os espíritos são as almas dos homens que foram desligadas do corpo físico pelo fenômeno da morte. Assim, podemos perfeitamente aceitar que, exceto quando atribuem essa palavra ao próprio Deus, todas as outras estão incluídas nessa categoria.
Tudo, na verdade, não passava de manifestações dos espíritos, que muitas vezes eram tomados à conta de deuses, devido a ignorância da época, coisa absurda nos dias de hoje. Isso fica tão claro que podemos até mesmo encontrar recomendações de como nos comportar diante deles para sabermos suas verdadeiras intenções. Citamos: “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus,...” (1 Jo 4, 1).
JESUS E AS COMUNICAÇÕES
Disso pode-se concluir que era comum, àquela época, o contato com os espíritos. Podemos confirmar isso com o Apóstolo dos gentios, que recomendou sobre o uso dos “dons” (mediunidade), conforme podemos ver em sua primeira carta aos Coríntios (cap. 14). Neta ele procura demonstrar que o dom da profecia é superior ao dom de falar em línguas (xenoglossia), pois não via nisso nenhuma utilidade senão quando, juntamente, houvesse alguém com o dom de interpretá-las.
Uma coisa nós podemos considerar. Se ocorriam manifestações naquela época, por que não as aconteceria nos dias de hoje? Veremos agora a mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece com o próprio Cristo. Leiamos:
- Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E se transfigurou diante deles: o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.” Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz.” Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra. Jesus se aproxi.mou, tocou neles e disse: “Levantem-se, e não tenham medo.” Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos” (Mt 17,1-9).
Ocorrência inequívoca de comunicação com os mortos, no caso, os espíritos Moisés e Elias, que conversam pessoalmente com Jesus. E aí afirmamos que se fosse mesmo proibida por Deus, Moisés não viria se apresentar a Jesus e seus discípulos, já que foi ele mesmo, quando vivo, quem informou dessa proibição, e nem Jesus iria infringir uma lei divina. Portanto, a proibição de Moisés era apenas uma proibição particular sua ou de sua legislação de época. Os partidários do demônio ficam sem saída nessa passagem, pois não podem afirmar que foi o “demônio” quem apareceu para eles, já que teriam que admitir que Jesus fora enganado.
Podemos ainda
ressaltar que, depois desse episódio, Jesus não proibiu a comunicação com os
mortos. Apenas disse aos discípulos para não que contassem a ninguém sobre
aquela “sessão espírita”, até que acontecesse a sua “ressurreição”. E se ele
mesmo disse: “tudo que eu fiz vós podeis fazer e até mais” (Jo 14,12) os que se
comunicam com os mortos estão seguindo o exemplo de Jesus. Os cegos até poderão
ficar contra, mas os de mente aberta não verão nenhum mal nisso.
Quem já teve a oportunidade de ler a Bíblia, pelo menos uma vez, percebe que ela está recheada de narrativas com aparições de anjos. Na ocasião da ressurreição de Jesus, algumas delas nos dão conta do aparecimento, junto ao sepulcro, de “anjos vestidos de branco” (Jo 20,12; Mt 28,2), enquanto que outras nos dizem ser “homens vestidos de branco” (Lc 24,4; Mc 16,5). Isso demonstra que os anjos são espíritos, e que muitos podem até ter vivido na Terra. Até mesmo os nomes dos anjos são nomes dados a seres humanos: Gabriel, Rafael, Miguel etc.
Podemos concluir que realmente a comunicação com os mortos está presente na Bíblia, por mais que se esforcem em querer tirar dela esse fato.
(Fonte: Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 29, páginas 12-17.)
Quem já teve a oportunidade de ler a Bíblia, pelo menos uma vez, percebe que ela está recheada de narrativas com aparições de anjos. Na ocasião da ressurreição de Jesus, algumas delas nos dão conta do aparecimento, junto ao sepulcro, de “anjos vestidos de branco” (Jo 20,12; Mt 28,2), enquanto que outras nos dizem ser “homens vestidos de branco” (Lc 24,4; Mc 16,5). Isso demonstra que os anjos são espíritos, e que muitos podem até ter vivido na Terra. Até mesmo os nomes dos anjos são nomes dados a seres humanos: Gabriel, Rafael, Miguel etc.
Podemos concluir que realmente a comunicação com os mortos está presente na Bíblia, por mais que se esforcem em querer tirar dela esse fato.
(Fonte: Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 29, páginas 12-17.)
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