Trabalho de Magia Negra pega?
PERGUNTA: - A pergunta 551 do Livro dos Espíritos: "Pode um homem mau, com a ajuda de um mau espírito que lhe é devotado, fazer mal ao seu próximo?" teve a seguinte resposta: "Não. A Lei de Deus não o permite". Como explicar os diversos casos de trabalhos de magia negra, feitos para o mal, que "pegaram" nos alvos visados, advindo rápido e mórbido quadro físico, psicológico e espiritual, em casos de difícil solução, seguidamente encaminhados por centros espíritas ortodoxos para os grupos universalistas de apometria e terreiros de umbanda?
RAMATÍS: - Sem dúvida, seria algo simplório, diante das Leis Divinas, justas e perfeitas, se o simples desejo de mal ao próximo, com o auxílio dos habitantes do Astral inferior, fosse capaz de efetivamente provocar o mal desejado. Observai que a maioria dos trabalhos de magia negra com o auxílio da escória mercantilista das baixas zonas umbralinas não oferece nenhum efeito prático diante dos alvos visados, pois acabam sendo unicamente um meio de escambo, de troca de interesses desditosos, com oferecimento das ambicionadas moedas dos homens.
Contudo, a resposta dos elevados espíritos responsáveis pela codificação do espiritismo não foi objeto de maior aprofundamento naquele momento. Imperavam na Europa Ocidental os mais degradantes métodos rituais de magia, em que as populações, liberadas pelos ventos do Iluminismo que varriam o continente, provindos da França, se entregavam aos prazeres mundanos, aos vícios e à busca das gratificações pessoais sob quaisquer pretextos. Predominavam os alquimistas decaídos, os cabalistas concupiscentes, os curadores sexólatras e os mais sórdidos interesses de uma sociedade reprimida por séculos de Inquisição, que vinham à baila desoprimidos, em objetivos eivados de egoísmo, imoralidade e individualismo exacerbado.
Diante do cenário descrito, que, de uma maneira geral, imperava nas coletividades européias, alusões mais detalhadas sobre os princípios das emanações mentais, as formas de pensamento, as egrégoras, os artificiais, os condensadores energéticos, o animismo, as projeções astrais, os chacras, o duplo etérico, os corpos espirituais, entre outras, alimentariam a continuidade da prática distorcida da arte da magia. Inserido no racionalismo vigente, próprio da cultura francesa, que era referência para a formação das opiniões da época, o Livro dos Espíritos trouxe as informações morais necessárias àquele momento, assim como a lei mosaica no seu tempo; do contrário, poderia ter sido incompreendido e rejeitado.
Ampliando as elucidações, afirmamos que o mal só se instala em terreno propício. Logo, podeis concluir que Chico Xavier, São Francisco de Assis, Buda, Gandhi, Zoroastro, Tereza De Ávila, Zoroastro e Jesus, entre outros seres iluminados e de elevada estirpe moral, seriam inatingíveis diante de qualquer intenção maldosa alheia; obtiveram esse direito, pelas leis divinas, ao interiorizar o amor e os sentimentos crísticos.
Considerando que a grande massa da população terrícola é impregnada de imoralidade, de egoísmo e vaidade, torna-se até comum o mal desejado voltar-se contra a fonte geradora. Os maiores geradores do mal são as próprias convicções interiores de cada cidadão, que proporcionam o terreno adubado para as ervas daninhas alheias se fortalecerem, instalando-se a sintonia entre mentes maldosas com mesmos fins, o que amplia os transtornos.
Nesse sentido, reforçamos a afirmação de que as leis divinas não permitem que o mal se instale quando não é merecido, de conformidade com a justiça cósmica e com o direito de cada cidadão, conquista inalienável e intransferível do espírito imortal. Nos casos em que os trabalhos de magia negra "pegam", isso não ocorre por causa do ato magístico em si, do apoio das almas do além-túmulo, ou da exímia concentração mental do maldoso mago. O mal se instala porque o alvo visado tem as portas abertas para a sintonia mental por similaridade fluídica, pois "semelhante atrai semelhante".
Imaginai um encarnado com desmandos no campo sexual, que em vida passada foi cáften explorador de moçoilas desavisadas, e concluireis quão vasto campo para os técnicos, psicólogos e planejadores do Umbral inferior se dedicarem ao mal, em busca de vinganças, prazeres e vampirização energética na área genésica. Logo, não é incomum esse ente se ver repentinamente enfraquecido, sem energia e adoentado. É então encaminhado por um centro espírita a um grupo de apometria ou terreiro de umbanda, ocorrência muito rotineira em todos os recantos de vossa pátria, divulgada entre comentários velados, a portas fechadas, em muitos agrupamentos, para não conspurcar a pureza doutrinária por que se orientam.
(Fonte: Livro: Vozes de Aruanda - Norberto Peixoto/ Espírito: Ramatis -Ed. do Conhecimento)
ARTIFICIAIS
São os
aglomerados de moléculas do plano astral, que tomam forma quando criadas pelo
pensamento nítido e constante de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, e passam
a viver magnetizadas por essas mentes.
Tais criações
podem apresentar vários tipos: pode, servir de anjos-da-guarda e protetores, quando fortemente mentalizados pelas
mães para custódia de seus filhos, e sua ação será benéfica; podem servir de perseguidores, obsessores,
atormentadores, quando criados por mentes doentias, que desejam perseguir e maltratar;
podem ser formas que se agregam à própria criatura que as cria mentalmente e as
alimenta magneticamente, como, por exemplo, o fumante. E têm capacidade de
resistir, para não se deixar destruir pelo pensamento contrário. São comuns esses agregados em redor das
criaturas, obra puramente do poder criador mental sobre o astral. Assim são
vistas formas mentais de ambição de ouro, de desregramento sexual, de gula, de
inveja, de secura por bebidas alcoólicas, etc, etc.
Essas formas mentais, sobretudo quando
criadas e mantidas por magnetização forte e prolongada de numerosas pessoas
(por vezes durante séculos e milênios), assumem também proporções gigantescas,
com poder atuante por vezes quase irresistível. Denomina-se, então, um
egrégoro. E quase todos os grupos
religiosos o possuem, alguns pequenos, outros maiores, e por vezes tão
vasto que, como no caso da Igreja Católica de Roma, estende sua atuação em
redor de todo o planeta, sendo visto como extensa nuvem multicolor, pois
apresenta regiões em lindíssimo dourado brilhante, outras em prateado, embora
em certos pontos haja sombreado escuro, de tonalidade marron-terrosa e
cinzenta.
Isso depende
dos grupos que realmente se elevam misticamente e com sinceridade, e de outros,
que interferem, com pensamento de baixo teor (Invejas, ódios de outras
denominações religiosas, ambições desmedidas de lucro, etc.). Há, também, os egrégoros de agrupamentos
outros, como de raças, de pátria, etc.
De qualquer
forma, esses elementares ou criações
astrais, funcionam quase “como uma
bateria de acumuladores, que são alimentados pela mente que os cria”, como
escreveu Leadbeater (Plano Astral, pág. 118). Logicamente, quanto mais forte a
criação e a alimentação, mais poderoso e atuante se torna esse ser artificial, muitas vezes cruel para
com seu próprio criador, pois não possui
discernimento nem noção de bem e mal, e age automaticamente com a
finalidade para que existe.
Anotemos,
ainda, que o mais das vezes, entre a
massa, essa criação é inconsciente, plasmada pelos desejos fortes e
persistentes e pelas palavras que lhe dão forma. E quando o criador é um
médium, pode ocorrer que, ao sentir a influência dessa sua criação mental,
venha a expressar em palavras suas sensações, pensando tratar-se de
manifestação de espírito desencarnado.
Dai o preparo
que precisam ter os dirigentes de sessões, para distinguir se o comunicante é realmente
um espirito de criatura humana desencarnada, ou uma forma mental criada
artificialmente, ou o produto do subconsciente do próprio médium (animismo), ou
um elemental da natureza, que pode estar sofrendo (mas nesse caso, não fala,
embora o médium possa manifestar com suas palavras o que sente).
(Trecho do livro TÉCNICAS DA MEDIUNIDADE –
CARLOS TORRES PASTORINO)
- Ainda sobram os desejos. Nisso reside o fulcro das relações mentais. Atingimos certo domínio sobre os pensamentos e somos ignorantes acerca do que se passa no reino do coração. Podemos até vigiar a formação dos pensamentos, entretanto, ainda somos incapazes de investigar as nascentes da emoção que se encontram em corpos sutis, com intricadas raízes no inconsciente. A falta de compreensão sobre a potência do sentir responde pelo estágio da evolução espiritual da Terra. É através desse universo ignorado que se processam as ligações entre almas. A terra passa por uma etapa de analfabetismo emocional. Diante disso, sofre um processo milenar de colonização dos sentimentos. Assim como os povos sem instrução são facilmente manipulados. Ocorre o mesmo em assuntos da vida sentimental. O piso da energia mental é uma onda neutra que ganha salto quântico e natureza específica a partir do que se processa no sistema afetivo da criatura.Daí a razão de afirmar que os Espíritos de ordinário vos dirigem. O pensamento é o ímã de atração que busca na natureza todos os pontos de convergência da qualidade que é impressa nesse ímã pelo sentimento.
_ E como fica a questão da ação das trevas nesse enfoque?
_ Nas sociedades com as quais estamos lidando, existem autênticos laboratórios de estudos dos sentimentos. Tenho notícias que um desses cientistas alquimistas pertencente ao vale do poder, estudou o átomo da vaidade.
- Não acredito! Meu Deus! E com que fim?
_Criar moléculas vibracionais que implantadas em chips eletro-mento-magnéticos possam alimentar o personalismo e embotar o afeto. Esses chips são componentes vitais de micro-aparelhos de dominação e exploração obsessiva que são implantados nos corpos astrais. Com essa ação o sentimento de orgulho encontra um campo psíquico fértil para o que chamamos de fascinação psicológica ou delírio de grandeza. A mente passa a produzir automaticamente metas grandiosas, visões de futuro longínquo, situando a vida mental no mundo das idéias em regime de idealização. Há duas formas básicas desenvolvidas nesses laboratórios para provocar o desequilíbrio no ecossistema mental: a primeira é reter a criatura nos sentimentos opressivos em relação ao passado; a segunda, é criar a fantasia pelo pensamento em relação ao futuro. Ninguém sente o futuro. Sente-se o que passou. O futuro só pode ser pensado. Entretanto, debaixo da ação dessas moléculas vibracionais da vaidade, a criatura faz projeções afetivas com o futuro, tomando decisões, muitas vezes, graves e inadequadas, no presente." (Fonte - livro: Quem sabe pode muito, Quem ama pode mais - Wanderley Soares Oliveira/ Espirito José Mario - Pag. 134/135)
Obsessões Complexas
A questão das obsessões espirituais está longe de ser desvendada em sua totalidade, tamanha a diversidade de mecanismos íntimos responsáveis pelo desencadeamento das mais complexas síndromes defrontadas pelo gênero humano. Muito embora, na visão espírita, tenha-se o conhecimento teórico dos fatores predisponentes das obsessões (vingança e a vontade de fazer o mal por parte dos espíritos focados na crueldade), pouco se conhece a respeito da forma pela qual o processo ganha curso. O modus operandi da obsessão espiritual constitui-se um desafio, pois nem todos os casos decorrem da simples ação hipnótica, da telementação entre o obsessor e a sua vítima.
A obsessão decorrente da sugestão mental foi perfeitamente descrita por Allan Kardec em “O Livro dos Médiuns”, capítulo XXIII1, oportunidade em que o Codificador estabeleceu uma classificação alicerçada na gradação crescente dos efeitos opressivos sobre o encarnado, tais como a obsessão simples, a fascinação e a subjugação. Assim, pode-se dizer que no contexto das obsessões complexas, ou seja, aquelas que ultrapassam os limites da simples sugestão mental, identifica-se um tipo caracterizado pela presença de verdadeiros artefatos fluídicos desarmonizadores inseridos na contraparte astral das criaturas, com a finalidade de produzir, por ressonância vibratória, sintomas estranhos e contundentes, caracterizados por dores lancinantes, limitações funcionais, enfermidades degenerativas, tumorais ou comprometimento mental severo.
Esses “aparelhos”, uns mais simples e de maior tamanho, outros minúsculos e sofisticados, podem ser considerados pontos de partida de um número expressivo de obsessões espirituais graves, daí a importância dos espíritas conhecerem detalhadamente o assunto. Desde a década de 60, a literatura espírita brasileira, coleciona breves informações a respeito do assunto, mais precisamente duas, registradas por autores confiáveis.
Talvez, por se tratar de temática pouco ventilada no contexto doutrinário, a questão tenha caído no esquecimento, pois a pesquisa experimental não é norma no nosso movimento espírita, com raras exceções, a exemplo dos trabalhos desenvolvidos pelos confrades Hernani Guimarães Andrade, Hermínio de Miranda, Lamartine Palhano Jr. e José Lacerda de Azevedo, este último, o grande estudioso das obsessões complexas.
Pois bem. Relembremos, inicialmente, algumas informações canalizadas por médiuns que merecem crédito. A saudosa e respeitada médium Ivone A. Pereira, em sua obra “Recordações da Mediunidade”, 1966 (FEB)2, descreve um caso acontecido em 1930, em que se percebe nitidamente a presença desse “aparelho parasita” responsável por gravíssimas conseqüências. Tratava-se de uma criança com 13 anos de idade, levada pelos pais ao antigo “Centro Espírita de Lavras”, época em que a própria médium servia de intérprete ao espírito do Dr. Bezerra de Menezes. A história clínica pode ser assim resumida. Desde os dois anos, o jovem defrontou-se com deformidades físicas em pernas e braços, acompanhadas da incapacidade de articular palavras. Para todos os efeitos, tratava-se de um caso grave de mudez. A saudosa médium assim relata como o diagnóstico foi feito: “Ao penetrar a sede do Centro, acompanhado pelo pai, os dois videntes então presentes e também eu mesma fomos concordes em perceber uma forma escura e compacta cavalgando o rapaz, como se ele nada mais fosse que uma alimária de sela, visto que até as rédeas e o freio na boca (grifo nosso) existiam estruturados na mesma sombra escura”. Ora, a forma escura montada nas costas do garoto nada mais era do que o seu obsessor, antigo escravo, odiento e vingativo, em virtude do sofrimento que lhe fora imposto pelo seu senhor de então. Todavia, mediante o tratamento espírita, o jovem ficou literalmente curado no espaço de trinta dias. E a médium assim finaliza o seu comentário: “Deslumbrado, o pai do rapaz tornou-se espírita com toda a família, desejoso de se instruir no assunto, enquanto o filho, falando normalmente, explicava, sorridente: 'Eu sabia falar, sim, mas a voz não saia porque uma coisa esquisita apertava minha língua e engasgava a garganta...' Essa coisa esquisita seria, certamente, o freio forjado com forças maléficas invisíveis...”
Observem que se tratava de um caso não resolvido pela medicina tradicional. A evolução prolongada por mais de 10 anos deixara efeitos marcantes no campo físico do jovem, inclusive a mudez aparentemente irreversível. No entanto, o esclarecimento a que foi submetida a entidade espiritual no trabalho desobsessivo e a retirada do freio bucal (aparelho parasita) contribuíram para reverter o inditoso quadro. Demonstração inequívoca de que a terapêutica espiritual, quando bem orientada, quando integrada por tarefeiros altruístas suficientemente treinados e coordenada pelo Mundo Maior, pode amenizar bastante o sofrimento das enfermidades complexas.
Outra referência notável encontra-se na obra “Nos Bastidores da Obsessão”, 1970 (FEB)3, psicografada pelo respeitável médium Divaldo Pereira Franco. No capítulo intitulado “Processos Obsessivos”, pinçamos informações sobre um tipo de aparelho parasita bem mais sofisticado, provido de recursos eletrônicos e arquitetado por um gênio das sombras. Atentem para a transcrição de pequeno trecho feito pelo nobre pesquisador espiritual, Manoel Philomeno da Miranda: “Iremos fazer uma implantação – disse em tom de inesquecível indiferença o Dr.Teofrastus – de pequena célula foto-elétrica gravada, de material especial, nos centros da memória do paciente. Operando sutilmente o perispírito, faremos com que a nossa voz lhe repita insistentemente a mesma ordem: 'Você vai enloquecer! Suicide-se!' Somos obrigados a utilizar os mais avançados recursos, desde que estes nos ajudem a colimar os nossos fins. Esse é um dos muitos processos de que nos podemos utilizar em nossas tarefas... Estarrecidos, vimos o cruel verdugo movimentar-se na região cerebral do perispírito do jovem adormecido, com diversos instrumentos cirúrgicos, e, embora não pudéssemos lograr todos os detalhes, o silêncio no recinto denotava a gravidade do momento.”
A análise dos dois casos citados é suficiente para que se fique alerta quanto à possibilidade das obsessões complexas. No primeiro exemplo, a ação patogênica foi desencadeada por um aparelho rudimentar, em forma de freio eqüino, fixado na parte interna da mucosa bucal, a dificultar o desenvolvimento da linguagem. Era um tipo de aparelho parasita, a bem dizer, grosseiro, forjado com fluídos densificados, mas muito bem implantado na estrutura anatômica do perispírito, correspondente à boca no campo orgânico. Caso tal artefato fluídico não tivesse sido diagnosticado pelos médiuns videntes e retirado naquela oportunidade, certamente o problema da mudez não teria sido corrigido. No segundo caso, esse aparelho, como ficou visto, era muito mais delicado, de tamanho reduzido, auto-funcionante, inserido cuidadosamente por meio de cirurgia em área nobre do encéfalo, com a finalidade de emitir sugestões subliminares contínuas até romper o equilíbrio psíquico da pobre vítima e levar-lhe à loucura total e ao suicídio.
Observem ainda um outro pormenor, importante fator diferencial na técnica de investigação dos citados casos. Quando os médiuns fixaram a atenção na criança, logo perceberam a presença de um campo vibratório denso fortemente imantado ao perispírito do garoto, como a cavalgar-lhe o dorso. Era o obsessor que ali se encontrava a manipular as rédeas e o tal freio bucal. De certa forma o diagnóstico não apresentou dificuldade. A análise clarividente dos médiuns permitiu a identificação do artifício obsessivo. Todavia, no caso citado por Manoel Philomeno de Miranda, o diagnóstico exigiria um pouco mais de conhecimento e traquejo. O diminuto aparelho parasita, semelhante a verdadeiro “chip” eletrônico incrustado na intimidade do cérebro, sem a presença costumeira do obsessor ao lado do enfermo, provavelmente dificultaria o diagnóstico da síndrome. O grupo mediúnico teria de se valer da clarividência espontânea ou induzida pelo desdobramento perispirítico, para identificar o minúsculo instrumento cerebral e depois localizar na erraticidade umbralina o espírito responsável.
Como se deduz, são situações que requerem um bom nível de treinamento do grupo mediúnico, e, sobretudo, o concurso de dirigentes afeiçoados às modernas técnicas de investigação do psiquismo de profundidade. Além do mais, era preciso localizar à distância o espírito responsável pela cirurgia do implante, para que, uma vez atraído ao cenário mediúnico, o mesmo fosse submetido ao diálogo esclarecedor e convencido a retirar, ele próprio, o artefato parasita, oportunidade ofertada pela misericórdia divina com vistas à recuperação inicial da entidade maléfica envolvida em sombras.
Pode-se adiantar aos prezados leitores que, apesar do árduo desafio, esse desiderato é perfeitamente exeqüível. Tudo vai depender de alguns requisitos essenciais, a saber: experiência do grupo mediúnico na tarefa desobsessiva; formação criteriosa na doutrina codificada por Allan Kardec, apoio incondicional dos mentores espirituais; e disposição de servir aos necessitados, de acordo com as normas evangélicas norteadoras do Espiritismo. Não obstante as técnicas avançadas engendradas pelos verdugos espirituais, já se dispõe, no presente momento, de contramedidas defensivas capazes de fazer frente ao avanço das sombras.
No entanto, em se considerando a sujeição da maioria dos mortais aos processos obsessivos de repercussão grave, não se deve olvidar as normas sabiamente ofertadas por Manoel Philomeno de Miranda, na obra anteriormente citada: “– Em qualquer problema de desobsessão, a parte mais importante e difícil pertence ao paciente, que afinal de contas é o endividado. A este compete o difícil recurso da insistência no bem, perseverando no dever e fugindo a qualquer custo aos velhos cultos do 'eu' enfermo, aos hábitos infelizes, mediante os quais volta a sintonizar com os seus perseguidores que, embora momentaneamente afastados, não estão convencidos da necesstdade de os libertar. Oração, portanto, mas vigilância, também, conforme a recomendação de Jesus. A prece oferece o tônico da resistência, e a vigilância o vigor da dignidade.”
Bibliografia:
1- Allan Kardec. “O Livro dos Médiuns”, capítulo XXIII, 59ª edição, FEB.
2- Yvone A. Pereira. “Recordações da Mediunidade”, Capítulo 10, pg. 193, 2ª edição, FEB.
3- Manoel P. de Miranda & Divaldo P. Franco. “Nos Bastidores da Obsessão”, capítulo 8, pg.159, 1ª edição, 1970, FEB.
4- Idem, pg. 158.
http://medicinaespiritual.blogspot.com/2007/03/obsesses-complexas-por-aparelhos.html
Síndrome dos Aparelhos Parasitas
A síndrome dos aparelhos parasitas
no sistema nervoso do campo astral
Dr. Vitor Ronaldo Costa – Médico e Escritor
A obsessão espiritual, de acordo com o modelo proposto por Allan Kardec, é a perseguição intencional e persistente que um mau espírito desencadeia sobre outrem. Dependendo do seu grau de constrangimento, o processo pode ser assim classificado: obsessão simples, fascinação e subjugação.
É fundamental nesses casos a compreensão de algumas características básicas. Nos três tipos citados, o comprometimento maléfico decorre da ação mental do espírito e da influenciação comprometedora do seu próprio campo vibratório a envolver a psicosfera da vítima.
Logo, nos casos de obsessões pesquisados pelo mestre de Lion,prevalecem a sugestão hipnótica e a ação de contato, fatores tão contundentes, quanto mais intensificados sejam o sentimento do ódio e o conhecimento de técnicas magnéticas desarmonizantes utilizadas pelo agente agressor.
As obsessões tornam-se cada vez mais invasivas, à medida que os métodos manipulados pelos representantes das sombras se sofisticam. Nas práticas mediúnicas contemporâneas, na dependência da metodologia vigente, já se pode diagnosticar com razoável precisão, uma influência espiritual perfeitamente enquadrada entre as obsessões complexas.
Tais obsessões são extremamente comprometedoras, porquanto as técnicas empregadas envolvem artifícios sutis que suplantam, em termos de comprometimento, as modalidades clássicas descritas por Kardec.
Entre as obsessões complexas, uma das mais conhecidas é aSíndrome dos Aparelhos Parasitas inseridos no sistema nervoso do campo astral, condição sabidamente indutora de quadros neurológicos e psicopatológicos graves, difíceis de serem diagnosticados e, por isso mesmo, responsáveis por um expressivo número de pacientes crônicos vitimados por enfermidades de prognóstico reservado.
Esse tipo de transtorno espiritual foi identificado na década de 70 pelo ilustre pesquisador espírita brasileiro, o Dr. José Lacerda de Azevedo, autor do livro “Espírito e Matéria -Novos Horizontes Para a Medicina” (Porto Alegre), a quem devemos, sem dúvidas, o descortino da moderna Medicina do Espírito.
A Síndrome dos Aparelhos Parasitas é o conjunto de sinais e sintomas decorrentes da inserção de artefatos elaborados por ação ideoplástica do obsessor no sistema nervoso do perispírito da criatura-alvo e capazes de desencadearem as mais variadas perturbações neurológicas, mentais ou físicas.
São ocorrências extremamente graves e nem sempre diagnosticadas pelos padrões clássicos das práticas desobsessivas.
É comum nas reuniões mediúnicas de assistência aos encarnados, os médiuns videntes mais experimentados identificarem a presença de toda sorte de material negativo aderido à psicosfera dos enfermos. São descritos como grilhões, cunhas, placas, correntes, cordas, fios e outros artefatos a envolverem o corpo astral das criaturas.
Apesar de serem constituídos de condensados energéticos de significativo teor barôntico, os sintomas gerados nem sempre são de grande monta, chegando a provocar em alguns casos, discreta sensação de mal-estar geral, alguma dor de cabeça, dores musculares e eventual cansaço físico.
Uma vez identificados podem ser removidos através da administração de simples passes magnéticos, recursos habitualmente utilizados nas sociedades espíritas e de comprovada eficiência na limpeza superficial do campo perispirítico.
Não podemos dizer, portanto, que tais condensados barônticos se constituam peças fundamentais da síndrome propriamente dita, pois a sua ação periférica sem maiores repercussões na economia psicofísica e a relativa facilidade de remoção pela terapêutica bioenergética, são as mais importantes características diferenciais com a síndrome verdadeira como veremos adiante.
Os casos mais severos se definem pelo seu aspecto invasivo e pela capacidade de gerarem patologias degenerativas.
Geralmente, tais aparelhos são de tamanho minúsculo, quase que imperceptíveis, inseridos em zonas nobres da área encefálica e, sobretudo, difíceis de serem removidos. Temos identificado alguns tipos interessantes quanto a morfologia e os mecanismos de ação.
Vejamos agora um exemplo prático para melhor compreensão, muito embora, a nossa casuística registre centenas de casos com imensa variação de técnicas.
Certa feita um paciente adulto apresentou-se em nossa casa espírita referindo as seguintes queixas: zumbidos auditivos intermitentes, vertigens, apatia profunda, emagrecimento progressivo e intenso cansaço.
Tais sintomas se intensificavam sempre que ele tentava levantar-se do leito e deambular. Era acometido, então, do agravamento da sintomatologia, sobrevindo-lhe em seguida, a sensação de desfalecimento acompanhada de abundante sudorese. Estava sendo assistido por neurologistas há vários meses, embora não houvesse por parte da Medicina um diagnóstico de certeza.
Trazido à presença do grupo mediúnico foi submetido ao desdobramento de seu corpo astral, através de técnica magnética específica, com a finalidade de ser examinado na sua matriz perispiritual, pois como se sabe, é lá que se encontram registrados os pontos de ligações obsessivas e os morbos vibratórios que se manifestam no campo físico em decorrência de mecanismos drenadores.
Inicialmente os médiuns não registraram a presença de entidades obsessoras ligadas ao caso. O fato gerou expectativas, pois quase sempre essas criaturas desvitalizadas e enfermiças são vítimas da ação parasitária de entidades maléficas que agem à semelhança de verdadeiros vampiros, sugando-lhes as energias vitais.
Concentramos, então, as nossas atenções no corpo astral do enfermo, inspecionando-lhe detalhadamente o cérebro, até que um dos médiuns nos alertou para sutil detalhe, logo confirmado pelos demais tarefeiros. Tratava-se da presença de minúsculos eletrodos inseridos em núcleos encefálicos e dos quais partiam filamentos capilares que se estendiam até os tendões de vários grupos musculares.
Em diálogo com os nossos mentores, eles nos explicaram tratar-se de uma terrível modalidade obsessiva, ainda desconhecida da maioria dos espíritas, porém, bem mais freqüente do que imaginávamos.
A primeira preocupação de nossa parte foi saber o por quê da ausência dos obsessores ao lado do enfermo. Explicaram-nos os dirigentes espirituais que a técnica utilizada no caso, pelo seu grau de sofisticação eletrônica, prescindia da presença deles,vez que, os aparelhos uma vez implantados por si só cumpriam a ação destrutiva.
Os autores espirituais apenas acompanhavam à distância,evitando serem identificados ou capturados pelas falanges benfeitoras que auxiliam os grupos desobsessivos existentes na crosta.
Os aparelhos parasitas tinham sido implantados por espíritos de baixíssimo estofo moral, não obstante, serem dotados de elevado nível de inteligência, verdadeiros técnicos das sombras. Na qualidade de delinqüentes da erraticidade, tais entidades trabalham quase sempre a soldo de barganhas e se comprazem em destruir a existência das criaturas encarnadas.
No caso específico, a ativação e o funcionamento dos aparelhos obedeciam a um verdadeiro sistema de "feed-back".
Qualquer tentativa de atividade muscular, por menor que fosse,alimentava a fiação inserida nos tendões musculares com a própria energia vital do paciente, energia liberada pelo seu metabolismo neuro-muscular e indispensável à ativação dos eletrodos e "chips" implantados em zonas encefálicas.
A partir de então, os "aparelhos" emitiam energias de baixo teor vibratório, profundamente desarmonizantes e capazes de desencadear toda sintomatologia referida pelo paciente.
Esse efeito nocivo era cada vez mais duradouro e, toda vez que o enfermo tentava se movimentar, sem que disto se apercebesse, realimentava o circuito parasita prolongando os mecanismos desvitalizantes por períodos cada vez mais extensos.
A terapêutica por nós empregada consistiu na aplicação das"técnicas desobsessivas de alta eficiência", relatadas, em parte, no capítulo “Obsessão Onírica” inserido na obra de nossa autoria, “Mediunidade e Medicina - Um Vasto Campo de Pesquisa. (Editora - O Clarim).
Certamente, as incursões no campo das obsessões complexas, nos tempos atuais, estão descortinando novos horizontes com repercussões bastante favoráveis no âmbito prático das chamadas desobsessões espirituais, mormente, aquelas direcionadas aos psicopatas internados nos hospitais e sanatórios espíritas.
Elevada amostragem de transtornos psicóticos na rotina psiquiátrica corresponde perfeitamente aos sintomas observados em vítimas da Síndrome dos Aparelhos Parasitas.
São distúrbios espirituais que, se precocemente identificados pelo referencial mediúnico disponível, apresentam boas chances de serem revertidos, a exemplo do que habitualmente já acontece na intimidade de alguns Centros Espíritas.
Contudo, o detalhe que enfatizamos é a necessidade da ampla divulgação do recente modelo de desobsessão espiritual em curso nas instituições espíritas que o adotaram, através de seminários e palestras elucidativas, de tal modo que ele se torne conhecido pela maioria dos médiuns e dirigentes de trabalhos práticos.
A nossa razoável experiência no assunto nos permite firmar posições coerentes com aquilo que temos divulgado. Orientando-se adequadamente o desenvolvimento mediúnico através das modernas técnicas de desdobramento induzido, estaremos ofertando aos médiuns as condições propícias à ampliação da sua capacidade sonambúlica, facilitando-lhes a identificação dos aparelhos parasitas e demais eventos que se desenrolam na dimensão extra-física, ao lado dos bondosos mentores que prestimosamente nos dirigem e orientam.
Aguardamos esperançosos que, muito em breve, os trabalhadores da seara espírita estejam mais capacitados a diagnosticarem a Síndrome dos Aparelhos Parasitas e as demais obsessões complexas, consolidando definitivamente a nova era da Medicina do Espírito.
http://www.harmoniaespiritual.com.br/2012/03/sindrome-dos-aparelhos-parasitas.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário